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Acidente aéreo na Coreia do Sul levanta questões sobre segurança em aeroportos

O acidente aéreo na Coreia do Sul que matou 179 pessoas continua gerando debates sobre a segurança e o design de aeroportos ao redor do mundo. A tragédia ocorreu quando uma aeronave colidiu com uma estrutura rígida de concreto no final da pista, levantando dúvidas sobre os padrões de frangibilidade (capacidade de quebrar facilmente) de obstáculos próximos a áreas de pouso.

Estrutura de concreto na pista

O localizador de instrumentos, essencial para auxiliar o pouso, estava posicionado em uma estrutura de 4 metros de altura coberta de terra. Segundo a agência de notícias Yonhap, a estrutura foi projetada para garantir alinhamento com a pista, mas sua rigidez agora é questionada.

Especialistas destacam que o padrão internacional exige que estruturas próximas à pista sejam frangíveis, o que significa que devem se quebrar facilmente em caso de impacto, minimizando danos à aeronave.

“Obstáculos em certos limites da pista precisam ser frangíveis. Parece incomum que seja algo tão rígido”, afirmou Chris Kingswood, piloto com 48 anos de experiência.

Impacto no design de aeronaves

Kingswood também apontou que aviões são projetados para serem leves e eficientes em voo, mas são estruturalmente frágeis em caso de impacto.


“Qualquer tipo de estrutura rígida pode causar rupturas na fuselagem, tornando o resultado catastrófico”, explicou.


O piloto observou que, mesmo sem a barreira de concreto, não é certo que o acidente teria outro desfecho. Ele destacou que o combustível armazenado nas asas aumenta significativamente o risco de incêndio quando a estrutura se rompe.

Questões sobre a operação do aeroporto

O Ministério dos Transportes da Coreia do Sul afirmou que aeroportos no país e em outras regiões utilizam estruturas semelhantes para instalar equipamentos essenciais. No entanto, as autoridades locais planejam investigar se materiais mais leves poderiam ter sido usados para evitar danos graves.

A analista de aviação Sally Gethin questionou se o piloto sabia da existência da barreira e se a aproximação não usual ao local foi um fator contribuinte. “Precisamos saber se [os pilotos] estavam cientes do limite rígido no final da pista”, ponderou.

Além disso, as gravações das caixas-pretas devem revelar se houve instruções específicas da torre de controle para utilizar a pista de forma não convencional.

Preocupações mais amplas sobre segurança

Especialistas alertam que o caso pode não ser isolado. “Se inspecionarmos aeroportos internacionais importantes, provavelmente encontraremos obstáculos que poderiam ser considerados um risco em situações extremas”, disse Kingswood.

O acidente expõe a necessidade de revisar os padrões internacionais para estruturas em aeroportos e reforça a importância de uma investigação detalhada para evitar tragédias semelhantes no futuro.

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