Ciro Nogueira minimiza cobrança de Lula sobre apoio do PP ao governo

Brasilia – DF: O presidente do Progressistas (PP), Ciro Nogueira, afirmou que a recente cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos ministros sobre a permanência de partidos aliados na base do governo “não impacta muito” sua sigla.

Segundo Nogueira, “se dependesse de mim, meu partido não estava com ministério”.

A declaração foi dada em resposta à exigência de Lula durante uma reunião ministerial, na qual o presidente pediu clareza sobre o apoio dos partidos em 2025 e 2026.

Atualmente, o PP controla o Ministério do Esporte, ocupado por André Fufuca (MA), mas segue negociando mais espaço no governo, especialmente visando acomodar o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), que deixará o cargo em fevereiro.

Marcos Pereira, presidente do Republicanos, outro partido da base governista, afirmou que a legenda tem entregado votos na Câmara em apoio ao governo e, por isso, Lula não teria motivos para reclamar.

“Pelas votações que o Republicanos fez, eu acho que ele não tem do que reclamar”, disse Pereira.

Ressaltando que o partido mantém uma postura independente e vota de acordo com o interesse econômico do país.

O Republicanos, que hoje ocupa o Ministério de Portos e Aeroportos com Silvio Costa Filho (PE), também está na mira de Lula para uma ampliação no espaço ministerial, visando garantir apoio nas eleições de 2026.

Enquanto PP e Republicanos votam alinhados ao governo na Câmara, a postura das siglas no Senado é de oposição. Em contrapartida, Juscelino Filho, do União Brasil, declarou que a cúpula do partido dialogará sobre a manutenção do apoio ao governo.

Lula, ao cobrar maior comprometimento dos ministros com a base aliada, destacou que a permanência dos partidos ao lado do governo será crucial no processo eleitoral de 2026.

A cientista política Carolina Venuto comentou que as declarações dos líderes partidários refletem a necessidade de Lula em assegurar o alinhamento político para fortalecer a imagem do governo e garantir a governabilidade.