
Neste domingo (19), um dia antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o Hamas iniciou a libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza. A ação marca o cumprimento da primeira etapa de um acordo mediado por Catar, Estados Unidos e Egito, que visa reduzir as tensões na região.
A entrega das reféns ocorreu na praça Saraya, no centro da Cidade de Gaza, onde Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher foram entregues à Cruz Vermelha. As imagens, transmitidas ao vivo, mostraram as reféns caminhando sem assistência, cercadas por uma multidão e sob a vigilância de homens armados do Hamas, que mantinham o controle da área.
O acordo estipula que, para cada refém israelense libertado, 30 prisioneiros palestinos detidos por Israel serão soltos. A primeira fase inclui um cessar-fogo de seis semanas e a libertação de 33 reféns pelo Hamas. A segunda fase prevê negociações para um cessar-fogo permanente e a liberação dos reféns restantes. A terceira etapa envolve a reconstrução de Gaza e discussões sobre o futuro governamental da região.
Donald Trump, em sua rede Truth Social, celebrou o início do processo:
“Os reféns começam a sair hoje! Três jovens maravilhosas serão as primeiras.” O presidente eleito adotou uma postura rígida, ameaçando “transformar o Oriente Médio em um inferno” caso suas exigências — cessar-fogo e libertação das vítimas — não fossem atendidas antes de sua posse.
Especialistas consideram o acordo um avanço nas negociações de paz, mas alertam para a fragilidade do compromisso, dada a persistência das tensões entre as partes envolvidas.