
A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, atingida por um tiro de fuzil na cabeça durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia Washington Luís (BR-040), permanece internada em estado grave. Segundo Juliana Paitach, médica intensivista do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, o quadro da vítima é grave, porém estável, sem sinais de piora desde sua chegada ao hospital.
“Ela está em ventilação mecânica e recebendo medicamentos para estabilizar a pressão arterial. Apesar da gravidade, o padrão é de estabilidade, pois não houve piora no estado de saúde”, afirmou a médica. Juliana está em coma induzido e passou por cirurgia para retirada do projétil que atingiu o crânio.
Prognóstico ainda incerto
De acordo com a intensivista, a lesão cerebral é grave, mas a paciente não apresenta sinais de hipertensão intracraniana, o que poderia indicar maior gravidade. “A imagem inicial não mostra sinais que aumentariam a preocupação com a pressão dentro do crânio. Vamos monitorar para entender como o quadro irá evoluir”, explicou Paitach.
Afastamento de agentes da PRF
Após o incidente, a PRF afastou preventivamente os dois homens e a mulher envolvidos na abordagem ao veículo onde Juliana estava com sua família. Além disso, os fuzis e a pistola usados na ação foram apreendidos para análise.
A investigação está sob responsabilidade da Polícia Federal, que realizará perícia técnica nas armas para determinar de qual delas partiu o disparo que atingiu a vítima.
Contexto do caso
O tiroteio ocorreu durante uma abordagem de rotina da PRF na rodovia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Juliana estava no carro com parentes quando foi baleada. O caso gerou grande repercussão e reações de indignação.
Enquanto as investigações buscam esclarecer as circunstâncias do disparo, a prioridade da equipe médica é monitorar a evolução do quadro de saúde da jovem, que segue sob cuidados intensivos.
Fonte: Agência Brasil de Notícias