
Um relatório alarmante do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) destaca a precariedade de nove pontes na cidade de Palmas, capital do estado. Estudos técnicos, incluindo uma avaliação realizada em 2021 em parceria com o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), identificaram danos estruturais graves que comprometem a segurança dos usuários e colocam em risco a integridade das estruturas.
Apesar dos alertas emitidos há três anos, as recomendações para reparos e manutenção permanecem pendentes, gerando crescente preocupação entre a população e autoridades locais.
Danos Estruturais Graves:
As inspeções realizadas revelaram uma série de problemas críticos nas pontes, incluindo:
- Ferragens Expostas e Retorcidas: A presença de ferragens expostas indica corrosão avançada e comprometimento da estrutura de sustentação. Essa condição pode levar ao colapso se não for tratada imediatamente.
- Infiltrações Significativas: A entrada de água nas estruturas acelera o processo de degradação do concreto e do aço, tornando as pontes vulneráveis a danos adicionais.
- Rachaduras Preocupantes: As fissuras observadas nas superfícies das pontes são um sinal de fragilidade estrutural, sugerindo que as cargas suportadas estão além da capacidade projetada.
A Ponte do Córrego Brejo Comprido: Um Caso Crítico:
Entre as pontes em situação mais preocupante está aquela que atravessa o córrego Brejo Comprido, na Avenida Teotônio Segurado. Os técnicos identificaram infiltrações significativas, ferragens expostas e rachaduras alarmantes.

Especialistas alertam que, se não forem realizados reparos urgentes, o risco de colapso pode aumentar drasticamente nos próximos meses.
Ações da Prefeitura e do Tribunal de Contas:
A Prefeitura de Palmas anunciou que iniciou um processo de licitação para contratar uma empresa especializada em recuperação estrutural.
No entanto, o TCE-TO, após notificar a prefeitura sobre a situação crítica das pontes, encerrou a fiscalização após o início da licitação. Apesar disso, a pressão da sociedade civil e das entidades de classe tem crescido constantemente para que as obras sejam realizadas com urgência, dada a gravidade da situação.
Prazos e Expectativas:
A previsão inicial da prefeitura é que as obras de recuperação das pontes sejam concluídas em até seis meses após a contratação da empresa. Contudo, essa estimativa é recebida com ceticismo por especialistas da área. Eles alertam sobre os desafios técnicos e logísticos que podem surgir durante o processo, como questões climáticas e a necessidade de desvio de tráfego.
Impacto na Mobilidade Urbana:
A deterioração das pontes tem gerado impactos diretos na mobilidade urbana. Com algumas delas apresentando restrições severas de tráfego, motoristas enfrentam congestionamentos diários e desvios complicados. Isso não só gera atrasos significativos nas rotinas diárias dos cidadãos como também aumenta o risco de acidentes nas vias alternativas utilizadas.
Além disso, essa insegurança nas travessias afeta negativamente o comércio local e a economia da região.
A Voz da Comunidade:
Os moradores de Palmas expressam crescente preocupação com a segurança nas travessias. Em entrevistas realizadas pela nossa equipe, muitos relataram receios ao utilizar as pontes danificadas. “É um risco constante. Todos os dias eu fico pensando se a ponte vai aguentar”, disse uma residente do bairro próximo à ponte do córrego Brejo Comprido. Outro morador acrescentou: “A gente espera que as autoridades tomem providências antes que aconteça uma tragédia.”
A situação das nove pontes em Palmas é grave e demanda atenção imediata por parte das autoridades competentes. A fiscalização contínua e a transparência nas ações são essenciais para garantir a segurança dos usuários e preservar a infraestrutura urbana. A população aguarda ansiosamente por soluções eficazes e rápidas para evitar tragédias.