O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, escapou de um processo de impeachment após parlamentares de seu partido, o Partido do Poder Popular (PPP), boicotarem a votação na Assembleia Nacional. A oposição necessitava do apoio de pelo menos oito deputados governistas para aprovar a moção, mas a ausência estratégica desses legisladores impediu que o processo avançasse
O impeachment foi impulsionado por uma série de medidas polêmicas tomadas por Yoon, incluindo a breve declaração de lei marcial em meio a manifestações e a suspensão de acordos militares com a Coreia do Norte. Tais ações provocaram uma onda de críticas internas e internacionais, gerando protestos em massa e uma petição assinada por mais de 800 mil sul-coreanos pedindo sua destituição
A crise política tem como pano de fundo a queda de popularidade de Yoon, que enfrenta índices de aprovação abaixo dos 30% desde o início de 2024. A insatisfação pública é atribuída à inflação persistente, escândalos de corrupção envolvendo aliados e preocupações com a escalada de tensões na península coreana.
A oposição sul-coreana, composta majoritariamente pelo Partido Democrata, promete continuar pressionando o governo e buscar novas vias para o impeachment. No entanto, o boicote da base aliada mostrou a força do apoio político a Yoon dentro do parlamento, ao menos por enquanto.