Com o avanço da idade, problemas dentários se tornam mais comuns devido ao desgaste natural, doenças periodontais e falta de acesso regular a cuidados odontológicos. Nesse cenário, a reabilitação oral, especialmente por meio de próteses dentárias, desempenha um papel crucial na manutenção e na recuperação da qualidade de vida dos idosos.
Este artigo discute em profundidade os efeitos das próteses dentárias nos aspectos mastigatório, psicológico, social e nutricional, com base em uma revisão de literatura recente.
A eficiência mastigatória é uma das funções mais afetadas pela perda dentária. A ausência de dentes compromete a capacidade de triturar alimentos corretamente, o que pode levar a uma digestão inadequada e à redução da absorção de nutrientes essenciais. Como resultado, muitos idosos enfrentam deficiências nutricionais que agravam outros problemas de saúde, como a osteoporose, a sarcopenia (perda de massa muscular) e a anemia.
Estudos apontam que a mastigação inadequada faz com que muitos idosos optem por dietas mais macias, que frequentemente são pobres em fibras, vitaminas e proteínas. Esse quadro pode gerar uma piora na saúde geral e um aumento no risco de doenças crônicas. Além disso, a dificuldade de mastigar pode fazer com que os pacientes idosos comam menos, levando à perda de peso involuntária e desnutrição.
Além dos problemas físicos, a perda dentária tem implicações psicológicas profundas. A ausência de dentes afeta diretamente a autoestima dos indivíduos, levando a sentimentos de vergonha e insegurança. Muitos idosos evitam sorrir ou falar em público por medo de exposição, o que pode causar isolamento social e quadros depressivos.
A autoconfiança está diretamente relacionada à aparência física e à capacidade de se comunicar de forma eficaz. Quando esses aspectos são comprometidos, o idoso pode se sentir excluído da sociedade e incapaz de participar de atividades sociais e familiares. Esse isolamento agrava sentimentos de solidão e reduz drasticamente a qualidade de vida.
A comunicação eficaz depende da articulação clara das palavras, e a perda dentária prejudica esse processo. A falta de dentes afeta a fala, tornando a pronúncia de alguns sons difícil. Isso pode gerar constrangimento e frustração, levando o idoso a evitar conversas e interações sociais.
O impacto na comunicação não se limita ao aspecto físico, mas se estende ao emocional. A dificuldade de se expressar adequadamente faz com que muitos idosos se sintam incompreendidos e excluídos. Como resultado, suas relações interpessoais são afetadas, reduzindo o suporte social e aumentando a sensação de isolamento.
Diante dos impactos negativos da perda dentária, a reabilitação oral com próteses dentárias surge como uma solução essencial para melhorar a qualidade de vida dos idosos. O principal objetivo dessa intervenção é restaurar a função mastigatória, a estética e a capacidade de comunicação, devolvendo ao paciente a confiança e a dignidade perdidas.
As próteses dentárias podem ser fixas ou removíveis, e sua escolha depende das condições bucais e das necessidades específicas de cada paciente. Em todos os casos, a reabilitação oral tem como finalidade não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar psicológico e social.
Para compreender melhor os efeitos das próteses dentárias na qualidade de vida dos idosos, foi realizada uma revisão bibliográfica com base em estudos recentes publicados entre 2017 e 2019. As pesquisas foram conduzidas nas plataformas Scielo, Google Acadêmico e PubMed, utilizando os descritores: “prótese dentária”, “reabilitação oral”, “qualidade de vida” e “idoso”. Foram selecionados estudos clínicos e revisões da literatura que abordam a relação entre reabilitação oral e qualidade de vida, com ênfase nos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Santos, J. N., et al. (2018). Qualidade de Vida e Prótese
Dentária: Um Estudo com Idosos em Atendimento Odontológico Público. Publicado
na Ciência & Saúde Coletiva, este estudo discute a relação entre o uso de
próteses dentárias e a percepção de qualidade de vida entre idosos atendidos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase nos aspectos sociais e
psicológicos.
1. Melhora na Função Mastigatória
Os estudos analisados demonstraram que a reabilitação oral com próteses dentárias melhora significativamente a função mastigatória dos idosos. A capacidade de triturar alimentos de forma eficaz é restaurada, permitindo uma dieta mais variada e nutricionalmente equilibrada. Com a melhora da mastigação, observa-se uma redução nos problemas digestivos e um aumento na ingestão de nutrientes essenciais.
A adaptação às próteses pode levar algum tempo, mas a maioria dos idosos relata uma melhora no conforto após o período inicial de ajuste. Próteses bem adaptadas reduzem dores e desconfortos, facilitando a mastigação e a fala. O conforto proporcionado pelas próteses também contribui para a melhora da autoestima e do bem-estar geral.
A autoestima é diretamente impactada pela recuperação da estética e da função oral. Os idosos que utilizam próteses dentárias relatam maior confiança para sorrir, falar e participar de atividades sociais. Essa mudança leva à reintegração social e à redução do isolamento, proporcionando uma vida social mais ativa e satisfatória.
A reintegração social tem um efeito positivo na saúde mental dos idosos, diminuindo sintomas de depressão e ansiedade. A possibilidade de interagir com amigos e familiares melhora o suporte emocional e fortalece os laços afetivos.
O impacto psicológico das próteses dentárias é significativo. Ao restaurar a função oral e a estética, as próteses contribuem para a recuperação da autoconfiança e da dignidade. Os idosos se sentem mais valorizados e respeitados, o que melhora sua saúde mental e emocional.
A revisão da literatura deixou claro que a reabilitação oral com próteses dentárias é fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos. A restauração da função mastigatória, da comunicação e da estética bucal proporciona benefícios físicos, psicológicos e sociais.
Para que a reabilitação oral seja eficaz, é essencial que os cuidados odontológicos sejam contínuos. A manutenção periódica das próteses e o acompanhamento odontológico garantem uma adaptação adequada e previnem complicações.
Dessa forma, investir em programas de saúde bucal para idosos, especialmente no SUS, é uma medida crucial para promover uma velhice saudável e digna. As próteses dentárias não são apenas dispositivos funcionais, mas instrumentos de inclusão social e melhora da qualidade de vida.
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