
O Índice Global de Perseguição 2025 também traz um panorama detalhado das regiões mais afetadas, com ênfase no Oriente Médio, África Subsaariana e partes da Ásia, onde a violência contra minorias religiosas atinge níveis alarmantes. Países como Afeganistão, Coreia do Norte, Somália e Nigéria lideram a lista das nações mais hostis à liberdade religiosa, segundo o relatório.
Na África Subsaariana, o aumento das atividades de grupos extremistas, como Boko Haram e Al-Shabaab, resultou em uma onda de ataques a comunidades cristãs, com sequestros, assassinatos e destruição de igrejas. A situação na Nigéria é particularmente grave, com centenas de pessoas deslocadas devido à violência.
No Oriente Médio, apesar de alguns avanços diplomáticos, a repressão continua em países como Irã e Arábia Saudita, onde conversões religiosas são punidas severamente, e a prática de crenças não islâmicas é rigidamente controlada.
A Ásia também não está imune, com China e Índia sendo mencionadas no relatório por políticas de vigilância e controle de minorias religiosas. Na China, o governo intensificou a repressão a igrejas cristãs e outras comunidades de fé, implementando um sistema de vigilância que controla a prática religiosa. Já na Índia, o crescimento do nacionalismo hindu tem resultado em violência contra muçulmanos e cristãos, com ataques frequentes a locais de culto.
O relatório também destaca a resiliência das comunidades religiosas em face da perseguição. Em muitas dessas regiões, apesar das severas restrições, as comunidades continuam a praticar sua fé em segredo, organizando reuniões clandestinas e utilizando tecnologias digitais para se conectar com outros fiéis.
Especialistas alertam que a repressão religiosa não apenas ameaça a liberdade individual, mas também contribui para a instabilidade global, ao alimentar conflitos sociais e deslocamentos forçados. A comunidade internacional é chamada a intensificar os esforços para proteger a liberdade religiosa e garantir que os direitos humanos sejam respeitados em todas as nações.
O relatório conclui enfatizando a necessidade de vigilância constante e ação coordenada para impedir que a liberdade religiosa continue a ser erodida em um cenário global cada vez mais autoritário.