Show de Claudia Leitte Gera Investigação, Repercussões e Polêmica “Orixá Lemanjá” por “Yeshua

O caso envolvendo a cantora Claudia Leitte e sua alteração na letra de uma música durante uma apresentação em Salvador, no dia 14 de dezembro, ganhou grande repercussão nas redes sociais.

Durante o show, a artista substituiu a palavra “Orixá Lemanjá” por “Yeshua”, o que gerou críticas, acusações de intolerância religiosa e até de racismo religioso, devido à associação da expressão “Yeshua” com a tradição cristã, enquanto “Lemanjá” é um nome ligado às religiões afro-brasileiras.

Em resposta à controvérsia, Claudia Leitte se posicionou em entrevista no dia 29 de dezembro, afirmando que a troca de palavras não teve a intenção de ser ofensiva e enfatizou a seriedade com que deveria ser tratada a questão do racismo: “Racismo é uma coisa que precisa ser discutida com muita seriedade, não de forma tão superficial”.

A advogada Danielle Maria, do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), defendeu que a mudança na letra não configura ato de racismo, ressaltando que a Constituição Federal garante a liberdade religiosa e que a alteração pode ser vista como uma manifestação pessoal da cantora, sem a intenção de ofender. Ela também explicou que qualquer ação judicial contra Claudia só seria válida caso se provasse algum dano moral ou descumprimento contratual.

No entanto, o advogado Igor Costa levantou a hipótese de abuso de autoridade por parte de membros do Ministério Público da Bahia (MP-BA), caso as ações contra a cantora representem uma violação de sua liberdade religiosa. A situação está sendo cuidadosamente acompanhada, uma vez que a Lei nº 13.869/2019 garante a liberdade religiosa e proíbe a atuação de autoridades sobre esse aspecto.

A investigação também ganhou novos desdobramentos com a convocação de Claudia Leitte para uma audiência pública marcada para o dia 27 de janeiro, no MP-BA, onde ela deverá esclarecer sua versão do ocorrido. Além disso, os compositores da música “Caranguejo”, cujos versos foram alterados, também serão ouvidos.

O caso continua sendo debatido amplamente, com especialistas dividindo opiniões sobre o que caracteriza intolerância religiosa e a liberdade artística. O Ministério Público da Bahia segue com a investigação para apurar se a troca de palavras representou um ataque ao patrimônio cultural ou uma afronta às religiões afro-brasileiras.

A polêmica gerada nas redes sociais e a ação do MP-BA destacam o delicado equilíbrio entre a liberdade de expressão e o respeito às crenças religiosas no Brasil. A espera pela audiência e os desdobramentos do caso prometem manter o assunto em pauta nos próximos dias.

Fonte: Gospel Prime

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